27/04/2005

O calor estupidifica!

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É a sensação com que fico depois da quantidade de estupidez a que assisti nos últimos cinco quilómetros que estive a conduzir. Nos cruzamentos, há pessoas que aceleram propositadamente para não deixar passar, nas ruas mais estreitas, os dois autocarros seguidos tentam ficar o mais junto possível, de forma a que seja impossível ultrapassá-los e mantêm uma velocidade média de trinta quilómetros por hora. Noutra rua, um velho pára a sua Peugeot 505 de forma a que ninguém consiga passar porque viu uma senhora a colocar um saco de plástico no carro e pensa que ela vai sair, mas a atitude mais inteligente é mesmo quando o cab.... do condutor da camioneta do talho nos ultrapassa pela direita num entroncamento e pára, de forma a que nem ele consegue andar, nem me deixa ver se vem alguém daquele lado, porque tapou todos os ângulos possíveis e imaginários com aquela coisa. Ao passar em frente à escola preparatória, é necessário um cuidado redrobrado porque está na hora dos miúdos sairem todos e a passadeira tem mais movimento do que a dos barcos do cais do sodré à hora de ponta. Ainda assim, o principal problema são as duas bolas de naftalina que ainda leccionam e que mantém um diálogo amigável mesmo em cima da passadeira, quando a queremos transpôr. Logicamente que por termos parado, agora também temos de esperar que passem algumas cinquenta crianças, que mais pareciam estar escondidas, à espera que alguém com os nervos à flor da pele (como eu) apareça para lhe tentar provocar um colapso! Porra, será possível que tudo me aconteça? Não há mais ninguém para não me deixar passar, ou para se atravessar à minha frente?

O calor começa a chegar e a afectar o comportamento e a disposição de muita gente que já está é a precisar de férias, eu inclusivé!

2 comentários:

Rosa disse...

Ó André, e quando está frio, qual é a desculpa?...
A maioria dos portugueses perde todo o bom-senso e educação quando se senta ao volante. Independentemente da temperatura exterior. ;)

André Mendes disse...

Ehh pá, mas agora parece que é ainda pior. Estamos naquela fase em que toda a gente parece estar a precisar de férias e ninguém tem paciência para absolutamente nada.